A caipira da academia ataca novamente - edição #17
Um texto rapidinho pra despertar o coração
Oiê!
Confesso que fiquei pensando se essa história da academia merecia uma segunda edição (aqui tem o link para a primeira). Mas quando comentei com uma amiga sobre o novo acontecimento, a resposta dela me deu certeza de que valeria retomar o assunto.
Mês passado, eu e meu marido, na tentativa de frequentarmos a academia juntos (a minha só aceita mulheres), visitamos uma toda balaqueira e diferentona. Fizemos um tour pelas instalações, e nada “me pegou” muito, acredito que porque sou apaixonada pela minha. Desde que descobri o poder da sauna, não quero saber de mais nada. Todo ano, essa academia deixa os membros oferecerem uma semana free para as amigas, e eu sou a louca que faz isso pra todo mundo porque realmente amo as instalações e as aulas. Se puder usufruir com as amigas então, é o match perfeito.

Só ficou faltando o senhor meu esposo, por isso fomos conhecer esse outro lugar. Chegando lá, uma salinha específica despertou meu interesse. Segundo o funcionário que fez o tour com a gente, essa sala de corrida era um diferencial, pois naquela academia tinha aulas de corrida e caminhada. Quando ouvi a palavra “caminhada”, devo ter dado uma risadinha 😏 ou algo do tipo, porque a pessoa logo emendou na explicação de que as caminhadas eram super-desafiadoras e ainda por cima se usava um colete de peso durante a atividade.
Pelo vidro da porta, percebi que as esteiras eram diferentonas também, meio curvadas. Fiquei curiosa porque, provavelmente por um preconceito meu, achava que caminhar não era um exercício cardio ou que exigia muito de quem tá fazendo. Até comentei com alguns amigos sobre essa visita e a sala, porque tenho uma amigona que gosta de caminhar. No fim, eu e meu marido decidimos não nos inscrever, porque era longe e teríamos que ir de carro.
Agora, fastforward para um mês depois, eu chegando na minha academia pra fazer uma aula de pilates. Como faltava quase meia hora pra começar, resolvi fazer um cardio antes. Elíptico é meu favorito. Era. Percebi que na minha academia tinha uma unidade daquela mesma esteira curvada, diferentona, igual à da outra academia. Foi aí que nos meus pensamentos falei pra ela: “eu escolho você.”


Subi nela quase colada na tela onde aparece velocidade, tempo etc. Pra minha surpresa e leve desespero, sem eu pressionar nenhum botão, o negócio começou a andar super-rápido. “Ok, nessa velocidade não tem como.” Me agarrei meio constrangida nas barras de apoio e tirei meus pés. Fui de novo, mesma coisa. Mexi na tela pra tentar ajustar a velocidade e, nada mudou. Depois de certo período de frustração, percebi que a máquina não era elétrica. Ela funciona de acordo com a minha posição na esteira: quanto mais no meio (na parte mais baixa) eu me posicionar, mais devagar ou parada vou ficar, e quanto mais para as pontas (na parte mais inclinada), mais rápido vai ser. Pra quem nunca fez, pensa na complexidade que é caminhar e manter a mesma velocidade. Se colocar o pé um centímetro mais pra frente, ela já começa a ir mais rápido. Mas parece que peguei o jeito do negócio e até consegui tirar os braços em alguns momentos. Fiquei todo o tempo caminhando, e quando acabou, estava morta. Fiz cardio caminhando.
Parece que tenho uma nova máquina favorita. E me livrei de mais um preconceito.
Na mesma hora lembrei do Chico Bento no shopping e do meu post. Parece que vou ser sempre uma caipira em tudo o que eu tentar fazer pela primeira vez. Independentemente do país de onde eu vim e de onde eu estou. Basta ter paciência e aceitar minha vulnerabilidade. Não que isso seja uma tarefa fácil, mas tô tentando.
E se ficaste na curiosidade pra saber como foi a conversa sobre a esteira que me levou a postar esta edição, aqui vai o print screen da troca de mensagens com a Ana na esperança de te arrancar uma risada, como aconteceu comigo. Quem sabe experimentar o tal equipamento ou qualquer coisa que esteja te deixando envergonhada. É hora de enfrentar a caipira aí de dentro.
Um beijo pra vocês!
Amei!! Gosto do teu jeito leve de descrever os fatos e os "micos". Fico te imaginando vivendo estas cenas e me divirto junto!! Como detesto academia, acho que não viverei estas situações!!! Sei que é preciso, mas prefiro ficar com meu pilates e alguma caminhada. Esperando o horário de verão que eu amo!!!
Genteee! Caipira ou não, DETESTO fazer os exercícios de academia, mas o que se pode fazer? Jogo tênis e, sem os benditos exercícios de fortalecimento, a coisa não anda! Ainda bem que tenho um personal que sabe da minha dificuldade e me traz propostas novas... Sem mencionar os 69 anos, é claro! 'Malhar é preciso!"