Oi, gente! Tudo certinho? Espero que sim.
Vocês devem ter notado que essa edição demorou mais do que as outras pra sair. (Já teve gente me cobrando, inclusive 😁). O motivo, além do tempo curto, é que cada vez mais vejo pessoas ao meu redor comentando que tão tirando um tempo das redes sociais, ou não aguentam mais tanto conteúdo sem sentido e repetido. Esses dias descobri lendo a newsletter da Gisela Gueiros uma matéria da BBC que diz que ao longo de um dia, as pessoas das cidades ocidentais são expostas à mesma quantidade de dados que alguém no século 15 encontraria a vida inteira. Isso é muito louco. Acho que nem sabemos como lidar com tanta informação. Por esse motivo, cada vez mais, respeito o tempo e o cérebro de vocês e, por favor, façam o mesmo. Antes de começarem a “rolar o dedo”, pensem se faz sentido consumir aquele conteúdo.
E isso me deu a ideia para o tema de hoje.
Quando cheguei aqui nos EUA, percebi como, em geral as pessoas eram mais planejadoras do que eu. (Volte 5 casas, ou melhor, 5 posts para ler mais sobre isso aqui nesse link. Inclusive não sei se vocês perceberam, mas a Amanda Noventa, colunista do Estadão, comentou lá 💁♀️). No início algumas situações me incomodavam, tipo as festas com hora pra acabar e realmente acabando naquele horário. Parece que gira uma chave dentro da pessoa do modo “se divertir” para o modo “descansar”, sem considerar a vontade do sujeito naquele momento. Se foi planejado, vai ser executado.
Gente, preciso pausar aqui pra contar um fato engraçado que aconteceu comigo que ilustra bem isso. Eu fui em um casamento aqui e a festa, como esperado, acabou às 2 am em ponto. Quando a banda parou, enquanto todos na mesa onde eu tava seguiam sentados, eu levantei da cadeira, empurrei ela pra baixo da mesa, fiquei me apoiando e procurando os noivos pra dar tchau. No momento que eu empurrei a cadeira, veio o garçom por trás de mim e pegou a cadeira pra guardar.
Se eu falar que o casamento foi em NY, acho que ameniza as coisas porque a vida em NY acontece desse jeito, "mais otimizada", digamos assim.
Ao mesmo tempo, se fores parar pra analisar, quando tu estás numa festa, já tomou alguns drinks e tua hora de dormir já passou há algum tempo, as chances de tomares uma decisão racional sobre qual a melhor hora para ir embora são quase nulas, né?! O teu destino já não está mais nas tuas mãos 😂

Essa é uma conversa que poderia se extender por horas, mas o meu ponto aqui é, adicionar mais planejamento me ajudou muito. Economizo tempo e estresse, consigo analisar a situação com antecedência e antecipar algo que possa vir a dar errado.
Uma ferramenta que me ajudou muito com isso que eu já não lembro onde vi pela primeira vez 😬 é o gráfico de equilíbrio da vida.
Que consiste basicamente em identificar as áreas da tua vida que consideras importantes e criar um gráfico dividido de acordo com essas áreas. Depois tu adaptas de acordo com o que funciona melhor pra ti. Eu uso o gráfico pra identificar as atividades que quero exercer no meu dia-a-dia, então adicionei sub-áreas dentro de cada um dos pedaços da pizza e elas tem diferentes proporções. Claro que cada dia é diferente e as proporções variam bastante mas, pelo menos eu consigo direcionar as minhas atividades ao longo do dia. Digamos que chega no fim do dia e eu tô ali rolando o feed de alguma rede social sem ter interagido com algum amigo ou alguém da minha família. Hora de ligar pra eles pra conversar ou marcar algum programa.
Além disso, o gráfico nos ajuda aqui em casa a gerenciar as tarefas domésticas. Limpar a casa, lavar roupa, fazer a cama, lavar louça… Se eu quiser e puder, passo horas fazendo isso e sempre vai ter algo pra fazer, algo pra limpar/organizar com mais detalhe. No entanto, o gráfico me forçou a prestar atenção (mais ou menos) no tempo que cada atividade leva pra ser executada e a importância da frequência de cada uma. Assim, consigo identificar a urgência com que cada coisa precisa ser feita, se alguém precisa fazer isso naquele dia ou podemos deixar pra outro dia. (Adicione aqui o gráfico das pessoas que você mora junto/divide as tarefas. Eles precisam ser adicionados nessa equação também).
Resumindo, me planejar mais me ajudou em vários sentidos mas, por outro lado, ainda continuo frustradíssima com tanto planejamento em situações específicas. Por enquanto, é a mistura de planejamento e serendipidade que fazem sentido pra mim.
E pra ti? O que faz sentido nesse momento?
Obrigada por chegar até aqui! Se gostastes do que leu, não esquece de curtir, comentar e compartilhar com alguém que possa gostar também.
Como sempre, adorei teu texto, aliás, eu sou daquelas pessoas que estavam reparando que estava demorando para sair outro. Gostei da ideia da pizza com as áreas de prioridades. Tá fazendo muito sentido neste momento da minha vida 😁. Esse negócio de festa com hora marcada p terminar daí...
Adorei Ivy! Eu também senti essa mudança com “excesso de planejamento” por aqui e te confesso que gostei! Ficaria surpresa como tu ficou se alguém tirasse minha cadeira em uma festa (tão imediatamente assim!) mas lembrando das festinhas de aniversário que fazíamos para as crianças no Brasil e que os convidados simplesmente não iam embora depois de hoooooras de festa - e nós, os pais, não aguentávamos mais de tão cansados - precisávamos seguir felizes, acolhendo os queridos, sendo que tudo o que mais queríamos era ir pra casa! E sobre as redes sociais, eu sou uma que escolhi ficar o mais off-line possível e está me fazendo bem demais!
Amei teu texto e já aguardo o próximo! 😘